Informações | Passo-a-Passo da Atualização do Android


Um dos maiores problemas do Android! Atualizações!!


Muitas vezes meses após comprar um aparelho nos perguntamos porque ele deixou de ser atualizado. Os requisitos do novo sistema até eram compatíveis com o smartphone, porém existem vários outros fatores que impedem a atualização de um gadget. Conheça então de forma detalhada como é o processo de atualização para um smartphone.


Há cerca de um ano, a antiga Sony Ericsson publicou em seu blog oficial um artigo detalhado falando sobre como é feita a atualização de um smartphone, e por mais que todos já saibam o básico decidimos repassar esta informação, afinal saber nunca é demais. Na época a Google tinha acabado de lançar o Ice Cream Sandwich, e muitos usuários ficaram desesperados ao saber que seu smartphone não receberia o sanduíche de sorvete. Portanto, se você quer saber como funciona o processo em detalhes siga com uma ótima leitura!

1. Liberação do Código Fonte


Primeiramente, ao contrário do que muitos pensam, as empresas não tem acesso ao código fonte do sistema antes de seu lançamento. Para evitar vazamentos a Google não disponibiliza dados de uma futura versão do OS nem mesmo para as marcas. Quando o código base é liberado para o público começa a fase inicial do processo, onde os engenheiros analisam o sistema e procuram saber no que terão de mudá-lo, e obviamente, como mudá-lo.

2. Rodar o novo sistema


O Android evoluiu muito do Gingerbread para o 4.0, foram incrementados vários recursos que colocaram os requisitos num nível um tanto inacessível aos modelos mais baratos da época. Nesta parte a Sony explica que o código fonte original é adaptado ao modelo Nexus lançado junto com a tal versão, neste caso o Galaxy Nexus.

A partir daí a fabricante precisa bolar uma forma rápida de transportar um sistema feito para uma plataforma de chips específica (Texas Instruments) para a sua plataforma de chips, que no caso da Sony era a Qualcomm. Este processo leva de 5 a 6 semanas, de acordo com a fabricante.

Após isto, a empresa precisa adaptar o novo código à toda a linha de smartphones. Atualmente vemos vários aparelhos diferentes com hardware similar, isto ajuda na atualização, afinal se rodar em um vai rodar em um outro igual, não é? Neste processo a marca precisa trabalhar a forma como o hardware se comunica com o sistema, onde também está sendo formada a base do OS, o que literalmente liga hardware e software.

Na maioria das vezes o release da versão tem a camada de abstração de hardware (HAL) adaptada para os chips da Texas Instruments. Como dito anteriormente, a Sony usa a Qualcomm, então é preciso substituir o HAL padrão que vem com o código fonte liberado para o próprio HAL da Sony. É basicamente uma reforma no código fonte.

A Sony explica que a HAL precisa muitas vezes ser modificada para cada smartphone lançado, tudo vai depender da tela, Bluetooth, processador, memória RAM entre outros componentes do smartphone. Qualquer diferença mínima no hardware precisa passar por uma modificação na HAL. Empresas como a Samsung que lançam vários aparelhos durante um único ano são as que mais sofrem com as atualizações, pois precisam mudar a HAL uma série de vezes.

3. Implementação da interface proprietária e aplicativos do sistema



Esta é a fase mais odiada por muitos, mas a implementação da interface é um processo importante para as fabricantes. Aqui a Sony relata que são implementados vários recursos diferenciais de sistema, que as marcas colocam para atrair o comprador. A japonesa também fala com orgulho que todas as suas customizações e melhorias são incluídas e liberadas para desenvolvedores de ROM’s customizadas, ao contrário da Samsung, que mantem seus softwares e tecnologias exclusivamente em seus smartphones.

Após a implementação da UI e dos aplicativos necessários para o uso do sistema, os aparelhos são testados por engenheiros da própria empresa. Antes de todo o processo eles estabelecem um nível básico de qualidade, se o aparelho não conseguir rodar o sistema com o mínimo da fluidez necessária o mesmo será descartado do update. Esta é uma parte crítica do processo, muitas vezes a marca promete o update e quando vai testá-lo vê que o mesmo está inutilizável num certo aparelho.

4. Colocando customizações regionais como idioma e softwares de operadora



Como de praxe, as operadoras mandam e desmandam nas atualizações. Por mais que as empresas de telecomunicação do Brasil não sejam tão influentes quanto as americanas, tudo que é decidido por lá vem para cá. Nesta parte do processo as fabricantes fazem mudanças simples no sistema, como caracterização da UI, implementação de aplicativos da operadora e idiomas bidirecionais como os vistos no oriente médio. Quando a marca fecha alguma parceria com empresas de software, como por exemplo a Samsung e o Dropbox, também são colocados aplicativos desta tal patrocinadora.


5. Certificação, o aparelho passa por testes de empresas que fabricaram os periféricos

Tecnologias como o RDS, Wi-Fi e Bluetooth não são de direito das fabricantes, logo algumas tecnologias de áudio e vídeo também não. Aí entram outras empresas no processo. A detentora da tecnologia Wi-Fi por exemplo, exige testar os aparelhos para certificar-se quando o seu chip não funciona adequadamente.


Se algo der errado, a fabricante não pode atualizar o aparelho. A Sony diz que sempre tenta alcançar certificações globais, mas sempre há um país ou outro onde os órgãos reguladores e secretarias de defesa do consumidor requisitam uma verificação própria.

Depois do dispositivo passar pelos órgãos reguladores de qualidade, é preciso que o aparelho seja visto como uma ferramenta de comunicação em rádio inofensível para  a segurança nacional de cada país. Logo ele precisa ser certificado novamente pela agência de telecomunicações da região, no nosso caso a ANATEL.

Após ser aprovado, o aparelho precisa do sinal verde da Google, onde a empresa verifica a confiabilidade do sistema Android depois de personalizado e checa as API’s de todos os seus serviços, como Gtalk, Gmail, Google Maps etc. A Sony diz que todas as fabricantes tem como dever verificar novamente cada tecnologia de rádio, 4G, 3G, 2G, RDS, Wi-Fi, Bluetooth, NFC entre outros. De acordo com a japonesa este processo leva quase 2 semanas, e é completamente ignorado por desenvolvedores de ROM’s como CyanogenMod e AOKP.

A Sony Ericsson revela que até um aparelho chegar ao teste final, levam se de 8 a 9 semanas, algo entre 2 meses e alguns dias. De acordo com a marca também são feitas verificações de DRM e DPI, checando se o aparelho com o novo software não infringe nenhuma patente de funcionamento.


6. O veredito das operadoras



Nesta fase do processo (fase final) a fabricante libera a nova ROM para a operadora, lá a empresa precisa explicar como o novo sistema funciona e as novidades que ele traz para o usuário. As fabricantes sofrem neste processo, pois caso liberem algo muito inovador para um aparelho antigo as operadoras desistem do update, e por contrato as mesmas não podem fazer nada.

As fabricantes também irão disponibilizar ao Google todas as variantes de lançamentos de atualizações de software personalizados por modelo de telefone, para que eles façam sua própria verificação. Uma vez obtida a aprovação do Google, as fabricantes estão prontas para lançar a atualização de software nas diferentes variantes para consumidores em todo o mundo. A atualização do software normalmente pode ser baixada e instalada via ferramenta de comunicação PC-Smartphone (Kies, PC Companion etc.), ou por atualizações over-the-air.

Lembramos que TODAS AS INFORMAÇÕES, FOTOS, TEXTOS, ETC, foram obtidas do site AndroidPlay, para acessar o Post original clique aqui








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